TAXAS DE ABORTAMENTO APÓS TRATAMENTOS PELAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

By: | Tags: | Comentários: 0 | maio 25th, 2018

Fonte: Fertility and Sterility 2007; in press

As taxas de abortamento após a maturação in vitro (MIV) são maiores do que na FIV ou ICSI tradicionais, embora isto pareça estar associado à síndrome dos ovários policísticos e não ao procedimento de MIV.

Especialistas do Royal Victoria Hospital de Montreal, Canadá, analisaram resultados de gravidez em todas as mulheres que tiveram exame positivo após qualquer tipo de tratamento de reprodução assistida entre 1999 e 2005.

Eles avaliaram as taxas de abortamento de gravidez bioquímica, gravidez ectópica e abortamento tardio, após a FIV, ICSI

e MIV (aspiração de oócitos imaturos e subseqüente maturação in vitro)

No período do estudo, houve um total de 1.581 testes de gravidez positivos: 849 após FIV, 612 após ICSI e 120 após MIV. Considerado teste de gravidez positivo níveis de beta hCG acima de 5 IU/L, medidos após 14 dias da transferência embrionária.

Não houve diferença significante entre os três grupos nas taxas de abortamentos após diagnostico bioquímico (definido como abortamento na ausência de qualquer evidência ultrasonográfica de gravidez): 17% após FIV, 18% após ICSI e 17,5% após MIV.

A taxa de abortamento clínico foi significantemente maior no grupo de MIV do que nos grupos de FIV e ICSI: 25,3%, 15,7%, 12,6% respectivamente. Entretanto, os investigadores atribuíram a alta taxa de abortamento ao grupo de MIV devido uma maior proporção de mulheres com SOP neste grupo (80%, comparado com somente 8% no grupo de FIV e nenhuma no grupo de ICSI). Então concluíram: “A maior prevalência de SOP entre as mulheres submetidas a MIV neste estudo cialis cheap poderia sugerir que isto contribuiria isoladamente para este aumento nas taxas”.

Esta explicação foi sustentada pelas taxas de abortamento clínico estatísticamente semelhantes entre as mulheres com SOP: 24,5% no grupo de MIV e 22,2% no grupo de FIV.

Os três grupos tiveram taxas estatísticamente semelhantes de gravidez ectópica (2,3% após FIV, 1,8% após ICSI e 1,0% após MIV). Também no abortamento tardio (2,7% após FIV, 2,9% após ICSI e 1,0% após MIV).

As taxas de nascimentos vivos por gravidez clínica foi de 79,3% para a FIV, 82,9% para ICSI e 72,7% para MIV.

Os investigadores concluem que “Existe uma taxa maior de abortamentos clínicos após MIV quando comparados com FIV e ICSI, embora isso pareça estar relacionado ao aumento da prevalência de SOP entre as mulheres que se submeteram a MIV, do que com o procedimento de MIV em si”.

Dr. Gilberto da Costa Freitas

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