SINTOMATOLOGIA UTERINA E FALHAS DE TRATAMENTOS PREDIZEM A HISTERECTOMIA

Fonte: Crystal Phend and Staff Writer. MedPage Today, April 12, 2007 São Francisco, 12 de Abril de 2007 –

De acordo com as suspeitas dos ginecologistas há muito tempo, a maioria das mulheres com sintomas uterinos múltiplos (sangramento, dor, etc.), quando os tratamentos menos invasivos falham, realizam a histerectomia. A presença de mais de um sintoma uterino, uso prévio de hormônio agonista do GnRH para induzir uma “menopausa medicamentosa”, ou a falha no alívio dos sintomas por outros tratamentos, cada um desses fatores dobram a probabilidade de histerectomia. O estudo faz parte de um estudo, SOPHIA (Study of Pelvic Problems, Hysterectomy, and Intervention Alternatives), cujo objetivo é analizar alternativas ao tratamento de problemas uterinos. Os pesquisadores realizaram seguimento de 762 histerectomias em mulheres na pré-menopausa (33 anos ou mais) que procuram cuidados para problemas uterinos em clínicas privadas ou hospitais universitários nos anos de 1998 e 1999. Dois terços das mulheres procuraram cuidados por sangramento uterino aumentado isoladamente, ou associado com dor pélvica crônica, ou ainda pressão no baixo ventre associada ao mioma uterino. 45% tinham sintomas há pelo menos cinco anos. Entre os tratamentos prévios incluímos a miomectomia (11%), ablação endometrial (7%) e tratamento com agonista do GnRH (10%). Enquanto, 58% das mulheres relataram que pelo menos alguns sintomas permaneceram iguais à antes do tratamento, 42% disseram que de forma alguma seus sintomas não foram resolvidos.Em mais de quatro anos de seguimento, tiveram 99 histerectomias, para uma taxa cumulativa de histerectomias de 13,5% (0,044 por pessoa/anos de observação).
Baseado nos relatos pessoais de dois anos, os fatores preditivos independentes de histerectomia foram:
Sintomas pélvicos múltiplos ou mioma sintomático.
Uso prévio de agonista do GnRH.
Ausência de resolução dos sintomas.
Com cada fator de risco adicional, aumentava o risco de histerectomia nas escalas de risco. As taxas preditivas de histerectomia variaram de 20%, para uma mulher de 55 anos sem fator de risco, a 95%, para outra com três fatores preditivos. Para uma mulher com fator de risco (44,3%) as probabilidades foram de 40% a 55%, apesar de ter sido de 70% a 85% para uma mulher com dois fatores de risco (33,4%). Em análise multivariável, o risco para histerectomia foi:
1,97 vezes maior para aquelas com mais de uma condição uterina: sangramento uterino anormal e dor pélvica crônica ou mioma sintomático. Versus apenas um  fator.
2.24 vezes maior para aquelas sem solução para os sintomas, versus aquelas com resolução total dos sintomas.
2.54 vezes maior para aquelas com tratamento prévio com agonista do GnRH versus sem tratamento.
Não influenciado por características sócio-demográficas, duração dos sintomas, freqüência ou severidade dos sintomas, miomectomia prévia ou ablação endometrial.
Os pesquisadores dizem que o uso do agonista do GnRH pode representar a falha de outros tratamentos medicamentosos e não simplesmente um precursor para histerectomia, porque o estudo não incluiu mulheres que foram agendadas para histerectomia desde o início dos sintomas e a análise da sensibilidade mostrou que isso não age como mandatário para mioma sintomático ou dor pélvica crônica por endometriose. “É também possível que nossos participantes no estudo, próximo da metade de mulheres sintomáticas, por pelo menos cinco anos, podem representar uma tendência para mais daquelas que desejam o tratamento definitivo”.

Dr. Gilberto

Tiago Ferreira

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