Separação por eletroforese de espermatozóides não danificados em reprodução assistida

Fonte: Human Reproduction 2006; Advance online publication

Pesquisadores publicaram o sucesso de uma técnica de eletroforese que permite isolar os espermatozóides com pequenos danos no DNA. Pesquisadores australianos acreditam que a eletroforese podria ser usada para escolher os melhores espermatozóides para os procedimentos de reprodução assistida. A equipe, liderada por Ainsworth da Universidade de Newcastle em Callaghan, no Pais de gales, investigaram os limites de uma técnica de eletroforese desenvolvida por eles para isolar os espermatozóides humanos com pequenos danos no DNA. Usando a técnica, eles rapidamente isolaram populações de espermatozóides normais, viáveis e móveis com altos níveis de integridade do DNA deum material difícil tais como biópsias e suspensões criopreservadas. Eles também relataram a primeira gravidez obtida através desse procedimento. O casal era infértil de longa data, provavelmente devido a dano extensivo no DNA nos espermatozóides. Apesar das técnicas de concepção assistida terem revolucionado o tratamento para casais inférteis, o medo de nascimentos com defeito ainda permanecem, em particular quanto ao risco de introduzir espermatozóides com danos no DNA. Identificar que o dano no DNA espermático poderia aumentar mutações nos descendentes sem impacto significante sobre a saúde (visível) dos descendentes, Ainsworth diz que concepção assistida deveria, “Sempre que possível, evitar o uso de espermatozóides com dano no DNA”. Concluem os autores: “Nesse particular, o isolamento dos espermatozóides por eletroforese poderia ter uma significante contribuição a boa prática clínica nessa área”.

Dr. Gilberto Freitas