Resumo de estudos apresentados no último congresso Americano de Reprodução Humana

Fonte: Fertility and Sterility 2006; 86(suppl1): S1-S588

Na última semana aconteceu em Nova Orleans a 62ª reunião anual da Sociedade americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), E.U.A., (21-25 outubro). Os resumos das apresentações estão disponíveis em um suplemento de revista Fertility e abaixo estão os resultados principais de uma pequena seleção: Comportamento de risco após educação sobre HPV A educação de meninas adolescentes sobre papillomavirus humano (HPV) pode conduzir a uma redução no comportamento sexual de risco com parceiros casuais, mas não com parceiros de longo prazo, de acordo com um pequeno estudo prospectivo realizado por Sueda e colaboradores (Salt Lake City, E.U.A.). Um total de 36 voluntárias entre 14-18 anos preencheram questionário sobre comportamento sexual, que aconteceu em uma seção educacional breve (sobre a etiologia, transmissão e efeitos do HPV, uma proposta de coleta de citologia e a demonstraçãodo uso de preservativo), e complementaram um segundo questionário 6-12 meses depois. Foram observadas melhorias individuais em correlação ao conhecimento sobre os riscos sexuais, associados aos múltiplos parceiros. Porém, melhorias relativo aos riscos sexuais com parceiros de longo prazo não alcançaram significância. Função sexual: antes da gravidez e depois do parto A freqüência de relações sexuais um ano e meio após o parto é igual a frequência de antes da gravidez, relatório Sproul e colaboradores (Detroit e Bethesda, E.U.A.). A freqência de relações sexuais um ano e meio após o parto é igual de antes da gravidez, segundo relatório de Sproul e colaboradores. Seu pequeno estudo (somente 10 mulheres: seis tiveram cesariana e quatro parto vaginal) também não encontrou diferença na função sexual, medido pelo Índice da Função sexual Feminina, antes da gravidez e um ano e meio após o parto. Distúrbios mentais e endometriose De acordo com um estudo de Ferrero e colaboradores (Genoa, Itália) mulheres com endometriose têm um risco aumentado de depressão, desordens somáticas e desordem de pânico,. Eles usaram escalas diagnósticas para avaliar 222 mulheres que iriam se submeter a laparoscopy por causa de sintomas de dor, infertilidade, mioma uterinos ou cistos ovarianos. Dessas mulheres, 114 o diagnóstico de endometriose foi confirmado histológicamente. Os investigadores informam que a depressão foi significantemente mais comum entre as mulheres com endometriose (45,6%) que entre as mulheres sem endometriose (24,1%). Além disso, significantemente mais mulheres com endometriose possuiam formas somáticas da doença (36,8% comparado com 22.2% de mulheres sem endometriose), e Síndrome do pânico (17,5% comparado com 8,3%).
Não houve diferença entre os dois grupos na prevalência de outros distúrbios de ansiedade, bulimia nervosa, distúrbios alimentares e abuso de álcool. Confirmação que o riso é o melhor remédio? De acordo com os resultados de um estudo prospectivo randomizedo motrou que uma seção com um “médico palhaço proficional” pode melhorar os resultados da FIV, Friedler e colaboradores (Zrifin, Israel) relataram que após transferência de embriões de rotina em clínica especializada, foi oferecido aos pacientes 10-15 minutos de seção médica com um palhaço. Os pesquisadores compararam os resultados da FIV de 93 pacientes que tiveram a seção, e 93 que não tiveram (e que tiveram história semelhante do grupo de estudo). A média de embriões transferidos foi significantemente menor no grupo estudado doque no grupo de controle (média 2,3 versus 2,6). Entretanto, os pesquisadores relataram que mais pacientes no grupo estudado engravidaram: 33/93 (35,5%) versus 18/93 (19,3%). Eles concluíram: “Pela primeira vez, em um estudo randomizado, o palhaço médico mostrou-se um original, efetivo e secundário tratamento levando a efeitos benéficos sobre a FIV”. O que o estudante sabe sobre infertilidade? A maioria dos estudantes universitários tem conhecimento “surpreendentemente limitado sobre fisiologia reprodutiva básica”, de acordo com uma pesquisa. Kuang e colaboradores inspecionaram um total de 390 estudantes em Faculdade de Dartmouth, perto de Líbano, incluindo uma série de perguntas sobre fertilidade e reprodução. Entre as respostas, só 1 entre 4 estudantes pôde identificar a parte do ciclo menstrual ao qual uma mulher é muito fértil corretamente. Só 1 em 5 estudantes souberam quanto tempo esperma pode ficar vivo na área reprodutiva feminina, e só 1 em 5 soube para quanto tempo depois que ovulação um oócito é fertilizado.

Dr. Gilberto Freitas

Tiago Ferreira

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