MENOPAUSA E PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

By: | Tags: | Comentários: 0 | maio 25th, 2018

Fonte: Maturitas 2007; 57: 415-21

Um novo artigo investiga os fatores associados com com a maliguinidade nos pólipos do endométrio na pré e pós-menopausa.

Investigadores de um centro em São Paulo, Brazil, determinaram a prevalência de lesões endometriais pré-malígnas e malígnas em pólipos endometriais retirados por histeroscopia em mulheres na Pré e pós-menopausa. Eles também definiram o estudo para avaliar a associação da leão pré-malígna e malígna com a condição de menopausa, uso de terapia hormonal e características clínicas.

Eles analizaram dados de 475 mulheres com =40 anos que se submeteram a histeroscopia para ressecção de pólipos. Todos os casos foram realizados pelo ginecologista com as pacientes anestesiadas (bloqueio espinhal).

Do total, 773% das mulheres estavam na pós-menopausa, e 10,7% usando terapia hormonal.

Em 92% dos casos os pólipos eram benignos, 3,8% pré-malígno ou malígno: carcinoma endometrial em 2,7%, pólipos com hiperplasia simples e com atipias 0,4% e pólipos com hiperplasia complexa com atipia em 0,6% dos casos.

O restante dos casos, 4,2%, eram outros diagnósticos (miomas, endométrio proliferativo, secretor ou atrófico).

Eles encontraram que, dos fatores estudados, idade e o sangramento pós-menopausa foram associados significantemente com lesões pré-malígnas e malígnas. Mulheres com =60 anos foram 3,28 vezes mais ligadas a lesões pré-malígnas e malignas, comparadas com mulheres com idade entre 40-59 anos. Quando consideraram somente mulheres pós-menopausadas, aquelas com idade acima de 60 anos, a prevalência foi 5,31 vezes maior do que nas mais jovens.

Mulheres com sangramentos na pós-menopausa estiveram 3,71 vezes mais ligadas a pólipos pré-malígnos ou malígnos do que aquelas assintomáticas.

Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, uso de terapia hormonal e tamoxifeno não  tiveram afeito significante na prevalência dos pólipos pré-malígnos e malígnos.

Na discussão dos achados, os investigadores concluem que: “Os resultados deste estudo sugerem que os pólipos endometriais devem ser removidos em todas as mulheres idosas independente da presença ou não de sangramento. Em mulheres sem fatores de risco, poderíamos evitar a retirada de rotina para minimizar os riscos cirúrgicos e custos”. Entretanto, eles enfatizam que todos os pólipos devem ser acompanhados com cuidado, pois apesar de raro, podem mesmo na ausência de fatores de risco malignizar.

Dr. Gilberto Freitas

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