IDADE MATERNA NÃO CONSTITUI OBSTÁCULO PARA REPRODUÇÃO ASSISTIDA?
Fonte: Fertility and Sterility 2007; 87 :1327-32
Mulheres que engravidam e dão a luz após 50 anos, após tratamento com óvulos doados, não reduzem sua capacidade para cuidados maternos quando comparada com mulheres jovens.
Pesquisadores não encontraram diferença significante nas funções físicas e mentais entre grupos etários, e estresse materno, levando-os a concluir que somente a idade materna avançada não deveria ser motivo para restringir o acesso dessas mulheres as tecnologias de reprodção assistida (TRA).
Os pesquisadores, Universidade do Sul da Califórnia California nos EUA, avaliaram e compararam três grupos de mulheres: Um com 18 mulheres que engravidaram aos 50 anos após FIV e deram a luz a uma ou mais crianças viáveis, mais dois grupos controles, um de 22 mulheres com 30 anos e outro com 24 com 40 anos, com datas de transferências e gravidez similares.
Elas preenchiam um questionário com pequeno Índice de Estresse Materno (IEM), para medir o estresse associado a maternidade, e o SF-36 Análise de Saúde (para avaliar o bem estar físico e mental).
Os pesquisadores relataram que não encontraram diferença significante entre os grupos em nenhuma das avaliações, embora as mulheres com 50 anos mostrassem uma tendência para menor escore da função física não significante quando comparadas com as de 30 anos.
A percentagem de mulheres com estresse maternal alto, acima do percentil 80, various entre os três grupos, mas não foi maior no grupo das mulheres de 50 anos: a percentagem foi 0%, 22% e 6% para mulheres de 30, 40 e 50 anos, respectivamente.
Implicações para o acesso as tecnologias de reprodução assistida
Concluindo, os pesquisadores escreveram: “Neste primeiro estudo examinando o funcionamento físico e mental entre as mulheres que engravidaram após os 50 anos, nós não encontramos diferença significante entre os grupos.
“Baseados nestas achados e em publicações prévias, nós sugerimos que continuam a existir falhas de dados que justifiquem a restrição ao acesso a TRA nos centros de reprodução apenas baseados na idade materna isoladamente”
Dr. Gilberto
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