Falência ovariana em sobreviventes de câncer na infância

By: | Tags: | Comentários: 0 | maio 25th, 2018

Fonte: European Journal of Cancer 2006; 42: 1415-20

Pesquisadores concluem que a falência ovariana iminente (FOI) “parece ser uma complicação frequente em mulheres tratadas para câncer infantil”. Os especialistas da Universidade de Gronigen, na Holanda, observaram 124 mulheres com menstruações entre 18 – 45 anos que receberam quimioterapia com ou sem radioterapia entre 1968 e 1998, e que não necessitaram de tratamento à pelo menos dois anos. O objetivo foi estimar a prevalência de FOI, avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento e avaliar os resultados em relação a gravidez. A história reprodutiva das mulheres e a função ovariana foram avaliadas por questionário (em todas 124 mulheres) e pela avaliação sérica dos níveis de FSH e Estradiol (resultados completos disponíveis para 93 das mulheres). Falência ovariana iminente foi definida como  FSH > 10 IU/l ou estradiol > 0.28 nmol/l no terceiro dia do ciclo menstrual, ou FSH > 12.4 IU/l no 7º dia sem pílula anticoncepcional em usuárias de contraceptivos orais. Alta prevalência Os pesquisadores relataram no European J. Of Cancer que, de todas, 22,6% das mulheres tem FOI.
Eles acrescentam que embora a prevalência de FOI na população geral não seja conhecida exatamente, é considerada rara em mulheres abaixo de 33 anos; neste estudo eles adicionam que embora a prevalência da FOI na população geral não ser conhecida com exatidão, é considerada rara em mulheres abaixo de 33 anos; nesta população estudada 18,7% das mulheres abaixo de 33 anos tiveram FOI. Outros achados incluem: • Mulheres com FOI tendem a ter uma idade significantemente maior por ocasião do diagnóstico e na época do estudo, comparadas com mulheres sem FOI. • O tratamento para o câncer por volta da manarca ou após a menarca estava associado com uma prevalência significantemente maior de FOI (45%) do que quando o tratamento foi antes da menarca (16,4%). • A prevalência da FOI aumentou com a idade, de acordo com o declínio fisiológico normal na função ovariana com a idade. • Mulheres com FOI foram associadas de forma significante a relatarem mais a queda da função reprodutiva (Ex. concepção tardia, três ou mais abortamentos, infertilidade) do que mulheres sem FOI (38% versus 2,8%, respectivamente). • A prevalência da FOI observada foi significantemente menor entre usuárias de contraceptivos orais (12%) do que nas não usuárias (40%), embora as usuárias serem também significantemente mais jovens do que as não usuárias na época do estudo. • No geral, 41 das mulheres engravidaram em um total de 75 gravidezes, resultando em 58 crianças saudáveis, um nascido mortoe 17 abortamentos. A taxa de abortamento (22,7%) foi maior que “a esperada de 10-15% na população geral”. Os autore concluem: “A prevalência dos problemas de fertilidade no grupo de estudo não parece ser diferente da população normal. Entretanto, a alta prevalência da FOI sugere uma janela de fertilidade estreita. ”Sobreviventes de câncer infantil do sexo feminino deveriam ser alertados do seu risco aumentado de FOI mais cedo”.

Dr. Gilberto

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