CONSENSO: TRATAMENTO DE FERTILIDADE E SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
Fonte: Fertility and Sterility 2008; 89: 505-22.
Um grupo de especialistas internacionais produziu relatório de consenso sobre o tratamento da infertilidade associada à síndrome dos ovários policísticos (SOP).
O encontro foi patrocinado pela Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e a Organon, indústria farmacêutica.
O consenso consiste em sete seções: modificações do estilo de vida, citrato de clomifeno, agentes sensibilizadores da insulina, gonadotropinas/análogos do GnRH, cirurgia laparoscópica ovariana, fertilização in vitro (FIV) e indução da ovulação/inseminação intrauterina homóloga/heteróloga.
O relatório final com as conclusões gerais:
“Na avaliação de mulheres com presumida síndrome dos ovários policísticos, desejando gravidez, deveria excluir outras doenças ou problemas de infertilidade do casal”.
- Aconselhamento antes de engravidar com ênfase na importância da mudança de estilo de vida. Antes de qualquer intervenção a mulher deveria especialmente reduzir o peso através de exercícios, em mulheres com sobrepeso, reduzir do fumo e consumo de álcool.
- O tratamento de primeira linha recomendado para indução da ovulação permanece o citrato de clomifeno.
- Em caso de falha do citrato de clomifeno recomenda-se a segunda linha, gonadotropina exógena ou laparoscopia para cauterização dos ovários. Deve ser lembrado que ambos possuem vantagens e desvantagens e a escolha deve ser individualizada.
- A terceira linha de tratamento recomendada é a FIV por sua efetividade em pacientes com SOP.
O relatório também identifica a clara necessidade de novos protocolos de estimulação ovariana, mais efetivos. Existem pacientes em que nenhuma das soluções propostas se aplica. Outras conclusões são que o uso da Metformina em pacientes com SOP deve ser apenas para mulheres com intolerância a glicose e não está recomendada para uso rotineiro na indução da ovulação. Adicionalmente, não existe evidencia para utilização dos anibidores da aromatase.
Finalmente: “Mesmo a gravidez única em SOP estaria associada a um risco aumentado tanto para mãe como para o feto”.
Dr. Gilberto da Costa Freitas
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