A influência do médico no resultado da FIV
Fonte: Fertility and Sterility 2005; 83: 316-20 A probabilidade de sucesso na FIV (fertilização in vitro) não é dependente da realização da transferência de embriões exclusivamente por médicos, se o procedimento da transferência embrionária for padronizado, sugere um estudo. Especialistas da Universidade de Vrije, em Amsterdan, Holanda, decidiram investigar o efeito da padronização da transferência de embriões, uma das etapas finais no tratamento de FIV e freqüentemente realizado por médicos ou enfermeiras práticas. Estudos prévios têm informado grandes diferenças nas taxas de gravidez em evolução entre diferentes médicos, variando de 17-54% em um deles. Os especialistas de Amsterdan disseram que essa variação poderia ser devida diferenças na maneira pela qual os médicos realizavam a transferência de embriões, e decidiram investigar o efeito da padronização do procedimento nos resultados. Entre Março de 2000 e Março de 2001, seis médicos do centro realizaram 977 transferências de embriões, seguindo uma rotina padronizada (descrita em detalhes no trabalho completo). A taxa de gravidez em evolução variou de 19,1 a 29%, com uma média de 23,1%. Estas diferenças nos resultados entre os médicos não foram estatisticamente significantes. Pacientes, não médicos? Os pesquisadores notaram que seus achados são diferentes do que em outros estudos prévios, mas lembram que é porque os outros estudos não levam em consideração as diferenças entre as características das pacientes ou em como as pacientes eram distribuídas para os diferentes médicos. Eles concluem: “Embora pequenas diferenças entre médicos sempre existirão, e a experiência é uma característica que provavelmente facilitará um procedimento (transferência atraumática) a transferência por si não é tão difícil que justifique atribuir o sucesso de um ciclo de FIV a um determinado médico ao invés de considerar as características das pacientes.”
Dr. Gilberto Freitas
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