Pesquisa em fertilização in vitro (FIV) mostrou que casais sem filhos aceitariam mais ter filhos com defeitos ao nascimento do que não tê-los

Primary source: European Society of Human Reproduction and Embryology Praga, República Checa, 23 de Junho de 2006

Muitas mulheres aguardando a fertilização in vitro (FIV) aceitariam mais ter uma criança com paralisia cerebral ou outros defeitos ao nascimento do que não ter uma criança. Investigadores da Escócia dizem que este estudo traz a luz porque alguns casais preferem a transferência de dois embriões, a qual credita-se maior sucesso do que a transferência embrião único, mas está associada a maiores riscos de gravidez gemelar e a resultados adversos. Eles apoiaram seus achados sobre entrevista organizada com 81 mulheres aguardando a FIV na Universidade de Aberdeen. Foi apresentado uma série de cenários hipotéticos as mulheres e perguntado escolher entre resultados adversos tais como paralisia cerebral, defeitos cognitivos, defeitos visuais, morte peri-natal, ou não ter filhos.
Um “Escore preferencial” foi dado para cada resultado. Esse escore variou de 1 (mais preferido) a 0 (menos preferido). O escore médio dos resultados avaliados variou em ordem de preferência como segue: • Defeito visual: 0.975 • Defeito cognitivo: 0.973 • Paralisia cerebral: 0.940 • Não ter filhos: 0.802 • Morte peri-natal: 0.725 Assim, não ter criança foi avaliado significantemente menor do que ter uma criança com defeitos físicos, cognitivos ou visuais (P<.001), mas significantemente maior do que morte peri-natal (P<.001), disseram os pesquisadores. “Mulheres aguardando FIV parecem preferir a chance de um resultado adverso ao nascimento do que não ter nenhuma criança”. “Isto é divergente de percepção de muitos clínicos de sucesso de tratamento e explica a relutância de alguns casais em aceitar transferência de um único embrião apesar do risco de gravidez gemelar”. “Mulheres começando a FIV são mais fortemente influenciadas pelas considerações de “sucesso de tratamento” ao invés avaliar riscos futuros severos dos seus descendentes”. Antes da transferência de único embrião  ser aceita universalmente, os casais devem estar convencidos das chances de gravidez com uma transferência de embrião único ser tão eficiente quanto à com dois embriões.

Dr. Gilberto

Tiago Ferreira

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