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O câncer não é obstáculo para a fecundação

Todos sabemos que o câncer é uma doença extremamente agressiva e, na maioria dos casos, fatal. O tratamento, independentemente do tipo de câncer, também é igualmente agressivo: quimioterapia, radioterapia e até mesmo, intervenção cirúrgica com a retirada da região comprometida.

Durante o tratamento, o corpo fica muito debilitado e sofre para combater a doença, incluindo os órgãos reprodutivos, tanto no homem quanto na mulher. O impacto da quimioterapia sobre a fertilidade dependerá muito do tipo e da dose aplicada, da idade do paciente e da reserva ovariana ou de espermatozoide que possui.

A radioterapia, se feita na pelve da mulher, pode comprometer os folículos ovarianos e diminuir as chances de fecundação. No homem, se a radioterapia for realizada próxima da gônada para tratar tumores de reto, próstata e de testículos compromete a fertilidade.

As intervenções cirúrgicas para retirada do útero ou ovários comprometem definitivamente as chances de gerar o feto. No homem, a cirurgia de próstata pode atingir todo o aparelho espermático ou do testículo, causando a infertilidade masculina.

Em qualquer situação de câncer, o organismo recebe uma dose elevada de medicamentos, não só para combater a doença, mas também, para aliviar as fortes dores que os pacientes sentem.

Medidas preventivas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as mortes por câncer em 2018 foram de 9,6 milhões. Mas e quando a paciente é jovem e ainda sonha em ter filhos? A medicina reprodutiva pode ajudar pessoas nessas condições.

O trabalho entre a medicina reprodutiva e a oncologia pode ser conduzido em conjunto e é chamado de oncofertilidade. E um dos procedimentos para assegurar a fecundação no futuro passa pelo congelamento de sêmen e óvulos. O importante é que estejam saudáveis e em boas condições. Dependendo do estágio em que o câncer se encontra é recomendável serem colhidos antes de iniciar o tratamento, pois a dosagem dos medicamentos será proporcional ao nível em que a doença se apresenta.

A medicina evoluiu em diversos campos. Novas técnicas, novos procedimentos, medicamentos mais potentes e eficientes tornaram a sobrevida maior, mesmo em casos de doenças graves como o câncer. O especialista em reprodução assistida, em consonância com o oncologista, pode indicar os melhores caminhos e tratamentos para a paciente poder realizar o sonho da gestação, mesmo apresentando um quadro de saúde bastante delicado, como no caso do câncer.

Tiago Ferreira

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