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Nova técnica para fertilização in vitro: microinjeção de mitocôndrias

A medicina reprodutiva está sempre surpreendendo e oferecendo novas formas para que as mulheres, principalmente acima dos 40 anos, possam realizar o seu grande sonho de engravidar. A mais recente técnica desenvolvida é a microinjeção de mitocôndrias. Para entender melhor, vamos explicar como é o procedimento e porque a expectativa por seu sucesso.

Desvendando as mitocôndrias
As células eucarióticas (somente elas) possuem centenas de mitocôndrias, organelas complexas que fornecem energia para esse corpo celular por meio de reações químicas, conhecidas como ATP, que responde por 90% dessa fonte de energia e é utilizada para todas as funções celulares: movimentação, produção de proteínas, desenvolvimento, etc. A presença dessa energia oferece vitalidade às células tornando-as saudáveis.

Naturalmente, com o avanço da idade, ocorre a diminuição da ATP, causando o envelhecimento dos óvulos e comprometendo a capacidade dos cromossomos se dividirem ordenadamente.  É por isso que a gravidez em mulheres mais velhas é alto o índice de malformação fetal, pois a divisão celular do embrião não ocorre como deveria, porque as células não têm energia suficiente para se multiplicarem de maneira correta.

Técnica da microinjeção de mitocôndrias
As mitocôndrias são responsáveis por fornecer energia às células eucarióticas e, também, na capacidade dos óvulos de chegarem à fase adulta para serem fecundados.  

Sabemos que a produção de óvulos diminui quando a mulher envelhece. Mesmo que ocorra a ovulação, a qualidade já não é a mesma dos anos anteriores e acaba comprometendo sua capacidade de ser fecundado. A nova técnica consiste em dar maior vitalidade ao óvulo com a introdução das mitocôndrias. O procedimento ocorre no momento exato em que o espermatozoide é injetado no óvulo da própria paciente, melhorando a saúde e as condições do óvulo de ser fecundado.

A mitocôndria é retirada de células precursoras de óvulos imaturos, portanto mais jovens e encontrada no ovário da paciente, mas com energia suficiente que consegue melhorar as condições do óvulo envelhecido.

Por ser uma técnica extremamente recente e em fase experimental, é de suma importância o acompanhamento de um médico especialista em reprodução assistida. Ele poderá oferecer respostas para todas as dúvidas e indicar os melhores tratamentos, incluindo o de microinjeção de mitocôndrias.

Tiago Ferreira

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