Segundo um pequeno estudo, mulheres com baixa de vitamina D que planejam engravidar, a suplementação de altas doses reduz as complicações no nascimento, mas também diminuem as chances de engravidar.
Comparado com mulheres usando placebo, aquelas que receberam 70 mcg vitamina D diariamente tiveram cerca da metade de chance de engravidar (chance proporcional 0,52; 95% IC 0,31 – 0,87), relatou o investigador.
Entretanto, as complicações obstétricas foram significantemente menores nas mulheres tratadas com a vitamina D, quando comparadas com as que usaram o placebo (23% versus 52%; P=0.005).
“Encontramos com frequência baixa de vitamina D em mulheres férteis, que está associado com baixo peso ao nascer, redução da fertilidade e outros resultados adversos na gravidez”.
“Este estudo reforça dados de outro estudo prévio, o qual indica que muita vitamina D pode ter efeitos adversos. Isso causa importante preocupação no que se refere à recomendação para o uso de altas doses de vitamina D para alguns grupos”.
“Os metabólitos da Vitamina D são compostos biologicamente ativos, seus níveis são fortemente regulados”. Então, para ativar esses mecanismos regulatórios com a administração de altas doses é claramente insensato. Isso reforça a visão que os níveis fisiológicos de Vitamina D podem ser reestabelecidos e mantidos com doses de 400-800 UI/dia, dose que não está associada com nenhum efeito colateral.
Comparado com o placebo, 35 mcg vitamina D não afetou significantemente as chances de engravidar (chance proporcional 0,79; 95% CI 0,48 – 1,28). Entretanto, como mencionado, as chances de engravidar foram significantemente menores no grupo recebendo 70 mcg de vitamina D (chance proporcional 0,52; 95% CI 0,31 – 0,87).
Peso ao nascer não diferiu significantemente entre mulheres tratadas com vitamina D e o grupo placebo. Complicações durante o parto, incluindo pré-eclâmpsia, e sangramento pós parto, foram significantemente mais frequentes no grupo placebo comparado com o grupo de tratamento (52% versus 23%, P=0.005). O estudo não encontrou diferença em outras complicações incluindo nascimento pré-termo, abortamento, diabetes gestacional e infecções.
Atualmente o Instituto Americano de Medicina recomenda a ingestão de 600 UI de Vitamina D diariamente para homens e mulheres adultos, incluindo grávidas e lactantes. O Instituto recomenda 800 UI para homens e mulheres acima de 70 anos.
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