COMO PREVER A GRAVIDEZ CLÍNICA

Fonte: Fertility and Sterility 2007; in press

Pesquisadores identificaram três variáveis independentes – diâmetro do blastocisto, blastulação precoce e baixa concentração de progesterona pré-ovulatória – para predizer gravidez clínica em ciclos de FIV.

Os especialistas da Universidade de Las Vegas nos Estados Unidos analisaram dados de 361 ciclos com transferência de blastocistos para investigar cada uma das 25 variáveis como fator de prognóstico potencial de gravidez clínica após a transferência do blastocisto.

Nestas 25 variáveis temos a idade da paciente, ciclos anteriores de FIV, índice de massa corpórea, FSH do terceiro dia, diferentes

medidas da progesterone e estradiol em relação ao dia da indução final do folículo, espessura endometrial, blastulação no 5º dia e transferência, tamanho do blastocisto trasnferido e várias medidas da contagem das células do trofoderma.

A análise inicial identificou 14 dessas variáveis como candidatos a fator de prognóstico de gravidez clínica. As 14 variáveis compreenderam oito que tiveram o valr P menor que 0,05 e outras seis com o valor do P maior que 0,05, mas menor que 0,25.

Foi então usada regressão logística gradativa para desenvolver modêlos iniciais para predizer gravidez clínica, incluindo idade da paciente, progesterona pré-ovulatória, o dia da blastulação e o diâmetro (máximo ou médio) do blastocisto transferido. Um modêlo foi então construido usando variáveis simples dicotômicas (grande/pequeno ou alto/baixo) para o diêmetro do blastocisto e níveis de progesterona.

A idade da paciente não foi estatísticamente significante e a retirada dessas últimas três variáveis preditivas de gravidez clínica no modelo final. Baseado em população de 361 ciclos estudados, a maior probabilidade de gravidez clínica foi prevista quando:

  • A progesterona pré-ovulatória foi baixa (abaixo de 1.0 ng/mL).
  • Blastulação no 5o dia.
  • Maior diâmetro do blastocisto transferido.

Usando o modêlo, predizer a taxa de gravidez clínica foi 80% quando todos os três critérios – indicando o mais rápido desenvolvimento embrionário e o menor avanço do endométrio – foram encontrados. A taxa observada foi de 73,3% em 361 ciclos estudados.

Os investigadores concluíram  que: “Blastocistos maiores, blastulação precoce e menores níveis de progesterone pré-ovulatória foram os mais importantes preditores de gravidez clínica. Isto sugere fortemente que a assincronia embrião-endométrio foi o mecanismo dominante em ciclos falhos e que os embriões são muitas vezes muito lentos para se desenvolver em relação ao endométrio”.

Dr. Gilberto da Costa Freitas

Tiago Ferreira

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