AVALIAÇÃO DA METODOLOGIA HISTEROSCÓPICA EM PACIENTES INFÉRTEIS

By: | Tags: | Comentários: 0 | maio 25th, 2018

Fonte: European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology 2007;in press

A mini-histeroscopia é uma ferramenta diagnóstica efetiva na investigação da infertilidade e melhor aceita pelas pacientes do que a histeroscopia tradicional.

Em um trabalho publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, os pesquisadores da University of Naples, Itália, relataram seus achados de um estudo prospectivo comparando a histeroscopia tradicional com a mini-histeroscopia em relação a aceitação, efeitos colaterais e eficácia diagnóstica quando usado na avaliação padrão da infertilidade.

Eles randomizaram umtotal de 950 mulheres candidatas a FIV para histeroscopia ambulatorial com o uso ou de um mini-histeroscópio de 3,5 mm de diâmetro (602 mulheres) ou um tradicional histeroscópio de 5 mm de diâmetro (348 mulheres). Todas as histeroscopias foram realizadas entre o 6º e 11º dia do ciclo menstrual, sem uso de analgésicos ou anestesia.

No final do procedimento, cada paciente preenchia questionário com uma escala analógica de comparação visual para avaliar a dor durante o procedimento.

Similaridades e diferenças

Não houve diferenças significantes entre os dois grupos quanto à idade, índice de massa corpórea, paridade e duração da infertilidade. Os achados uterinos intra-cavitários também foram similares em cada grupo: 60-64% das mulheres tiveram a cavidade normal, 23-24% pólipos endometriais, 4-5% miomas e 4-5% septo uterino.

Também não houve diferença significante entre os dois grupos quanto aos efeitos colaterais. O mais comum efeito colateral foi vertigem, ocorreu em 2-3%  das mulheres. Além disso, náusea 1,6-1,7%, bradicardia 1,1-1,5% e dor pélvica em até 3 horas após o procedimento 0-0,1%. Nenhum paciente necessitou de hospitalização.

Entretanto, houve diferença significante na media do escore visual analógico de dor, que foi menor no grupo da mini-histeroscopia (média de 3 na escala de 0-10) e maior na histeroscopia tradicional (média 5).

Além disso, a taxa de falha foi significantemente menor na mini-histeroscopia, 3%, do que na histeroscopia tradicional, 6,3%. Na maioria dos casos nosdois grupos, a falha foi devido a estenose cervical ou presence de sangramento.

Dr. Gilberto

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