Aconselhamento para preservação da fertilidade em pacientes com câncer

Pesquisa demonstra que mulheres jovens com câncer que foram orientadas sobre as possíveis perdas reprodutivas a preservar sua fertilidade, arrependeram-se menos e tiveram melhor qualidade de vida após o tratamento, do que aquelas que não foram corretamente orientadas, segundo Joseph Letourneau, University of California San Francisco.

O grau de satisfação com a vida após o tratamento foi significantemente maior entre as mulheres que tiveram seus oócitos ou embriões congelados. Estes dados enfatizam a importância do aconselhamento das mulheres em idade reprodutiva sobre a preservação da sua fertilidade antes de iniciar um tratamento para o câncer. Estas mulheres necessitam tomar uma decisão sobre a preservação da sua fertilidade na presença de todas as informações técnicas sobre o assunto.

Alguns estudos mostram que cerca de 70% dos oncologistas orientam suas pacientes sobre a possibilidade de preservar sua fertilidade, enquanto, menos de 25% encaminham ao especialista em infertilidade. Apesar disso, somente 2% das mulheres decidem preservar seus óvulos ou embriões.

Das 1.041 mulheres que responderam a pesquisa, 918 tiveram tratamento com potencial comprometimento da sua fertilidade, quimiterapia ou irrediação pélvica.

Menos de dois terços (61%) das mulheres disseram ter discutido sobre os riscos do tratamento para o câncer comprometer sua fertilidade com o seu oncologista. Outras 5% com o especialista de infertilidade e 4% submeteram-se a preservação.

Publicação – Todd Neale

Revisão – Dori Zaleznik

Tradução – Gilberto da Costa Freitas