A TRANSFERÊNCIA DE APENAS UM BLASTOCISTO ALCANÇA ALTAS TAXAS DE GRAVIDEZ TAMBÉM EM MULHERES MAIS VELHAS

Stanford, Califórnia, 01/10/2007.

O Dr. Charles Bankhead publicou na MedPage Today uma revisão mostrando que talvez não seja necessário transferir múltiplos embriões para mulheres com idade superior a 35 submetidas a fertilização in vitro, para melhorar as taxas de gravidez.

Mais da metade de um grupo de mulheres (média etária 37,3 anos) engravidaram e tiveram seus filhos após transferência de apenas um blastocisto.

De acordo com os registros, mais da metade de todas as fertilizações in vitro com embriões frescos ocorreram em mulheres com idade superior a 35 anos. Para esse grupo, A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomenda transferir dois ou três embriões para aumentar as taxas de gravidez.

Mas a transferência de muitos embriões aumenta a taxa de gravidez múltipla. Entre as mulheres acima de 35 anos, quase um terço das transferências resultaram em gravidez múltipla. A gravidez múltipla aumenta os riscos tanto para mãe como para o feto, riscos esses que são exacerbados em mães mais velhas.

Os benefícios da transferência de apenas um blastocisto têm sido demonstrados anteriormente, mas em mulheres jovens. O Dr. Milki e colaboradores revisaram seus dados da transferência de blastocistos em mulheres com idade acima de 35 anos, quando mais de um blastocisto estava disponível, em 45 mulheres submetidas a transferência de apenas um.

Cerca da metade era multiparas, o que aumenta as chances de sucesso da FIV. Em 28 de 45 casos (62,2%) ocorreu a gravidez e três abortaram. Uma era apenas gravidez bioquímica e outra abortou um feto anencefálico. As 23 restantes, tiveram seus filhos normalmente, 51.1%.

Não houve nenhuma gravidez de gêmeos. A paciente mais velha que engravidou tinha 42,9 anos.

O autor conclui: “A transferência de apenas um blastocisto é uma opção razoável para todas as pacientes com bom prognóstico que desejam evitar gravidez múltipla, independente da idade”.

“Apesar desses resultados representarem um pequeno grupo, o autor acredita que esses dados encorajam essa conduta”.

Dr. Gilberto