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A infecção pelo HIV afeta as taxas de gravidez

De acordo com estudo de  reprodução humana retrospectivo mulheres jovens infectadas pelo HIV ao nascer parecem ter menor probabilidade de engravidar se comparadas aquelas que adquiriram o vírus como resultado da sua exposição ao risco. O estudo, que olhou anotações médicas de mais de 180 mulheres HIV positivas, constatou que aquelas infectadas ao nascimento tinham uma probabilidade de mais de seis vezes da gravidez ser interrompida. Não observado em relação a outras complicações gravídicas como a prematuridade.

Os autores notaram que as mulheres infectadas ao nascer, transmissão vertical do virus, estão agora atingindo idade reprodutiva, graças aos tratamentos retrovirais altamente efetivos. E disseram que é possível que a incidência e os resultados adversos sejam diferentes entre aquelas mais jovens e as que adquiriam o vírus pelo contágio.

As 130 mulheres infectadas verticalmente, com idade entre 13 e 24 anos, foram acompanhadas em média 8,9 anos e as 51 que foram infectadas foram acompanhadas atá os 24 anos, por 1,6 anos. O autor encontrou o seguinte: 66 das participantes tiveram um total de 96 gravidezes, incluindo 34 entre as 130 infectadas verticalmente e 62 entre as 51 infectadas pelo contágio. 28 pacientes infectadas verticalmente (ou 21,5%) tiveram pelo menos uma gravidez, comparadas com 38 nas pacientes infectadas pelo contágio (ou 74,5%), diferença significante P < 0,001. Houve 52,3 gravidezes por 1.000 pacientes por ano entre as infectadas verticalmente e 372,9 por 1.000 pacientes por ano entre as infectadas pelo contágio, o que foi novamente significante P < 0,001.

Houve 52,3 gravidezes por 1.000 pacientes por ano entre as infectadas verticalmente e 372,9 por 1.000 pacientes por ano entre as infectadas pelo contágio, o que foi novamente significante P < 0,001. As infectadas pelo contágio tinham maior probabilidade de ter mais de uma gravidez se comparadas com as mulheres infectadas verticalmente ? 36,8% comparado com 14,3%, que foi significante P = 0,04. Mulheres verticalmente infectadas tiveram também maior probabilidade de interrupção de uma gravidez ? a probabilidade foi 6,5, com 95% de intervalo de confiança de 2,2 a 19,2. Não houve diferença significante nas taxas de abortamento espontâneo, natimorto ou prematuridade.

Os autores notaram que as taxas de gravidez entre as mulheres jovens infectadas pelo contato foram maiores do que aquelas da população geral ? 05 vezes maior para mulheres entre 15 – 19 anos e, 2,5 vezes maior para mulheres entre 20 – 24, respectivamente.

Se comparado aos dados nacionais para as mulheres jovens, também tiveram maiores taxas de nascimentos prematuros e abortamento espontâneo ? 34,4% versus 21,5% e 13,5% versus 8,9%, respectivamente. Michael Smith, MedPage Today – Publicado em 02 de Fevereiro de 2011 Revisão: Zalman S. Agus

Tradução: Gilberto da Costa Freitas

Tiago Ferreira

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