Como melhorar as taxas de sucesso em reprodução humana assistida?

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Para mulheres mais velhas, o melhor tratamento é a fertilização in vitro com congelamento dos embriões

Por: Molly Walker, Staff Writer, MedPage Today 08 de Julho, 2016

Grande estudo populacional na Dinamarca examinou os métodos de tratamento de fertilidade na tentativa de quantificar as taxas de nascimentos baseadas em cada tipo. Encontraram que a fertilização in vitro estava associada às maiores taxas de gravidez e a um menor tempo para engravidar, quando comparada à inseminação intrauterina.

Sara Malchau, da Universidade de Copenhagen, relatou que após dois anos, a taxa de nascimento para mulheres submetidas à fertilização in vitro foi 46,1% (95% IC 45,0%-47,2%) e após cinco anos foi de 52,9% (95% IC 50,8%-55,0%). Entretanto, quando o primeiro tratamento foi a inseminação intrauterina, a taxa de nascimento foi 34,2% (95% IC 33,4%-35,0%) sem aumento significante após três ou cinco anos.

Sem nenhuma surpresa, as taxas de nascimento declinam com a idade maternal, com 80% de mulheres abaixo de 35 anos tornam-se grávidas após cinco anos, comparadas a somente 26% de mulheres com mais de 40 anos.

Geralmente, próximo de três quartos (71%) dos casais engravidam dentro de cinco anos – 57% após fertilização assistida e 14% espontaneamente após dois anos.

Para pacientes mais velhas embriões descongelados é melhor que frescos

Grande estudo retrospectivo e multicêntrico em 12 centros de tratamento de fertilidade mostrou que as taxas de gravidez em curso foram maiores quando usados embriões descongelados se comparadas com embriões frescos após ciclo de FIV (50,2% versus 40,3%, respectivamente).

Mas essa diferença foi ainda mais evidente em pacientes mais velhas – nesse grupo as taxas de gravidez em curso foram significantemente maiores.

Para aquelas acima de 41 anos, a chance de engravidar estava aumentada em oito vezes com a transferência de embriões descongelados comparados aos ciclos de FIV a fresco (OR 8,16, 95% IC 4,89 – 13,59. P<0,001). As chances de gravidez de embriões descongelados foram também significantemente maiores para mulheres entre 38-41 anos (OR 2.59, P<0.001) e mulheres entre 35-38 anos (OR 1,48, P=0.006).

Entretanto, não houve diferença significante na chance de gravidez de embriões descongelados versus ciclos a fresco entre mulheres mais jovens que 35 anos (OR 1,02, 95% IC 0,86-1,22. P=0.83). Em mulheres com condições clínicas reprodutivas pré-existentes, tais como ovários policísticos, endometriose, doença tubária ou fator uterino, não houve diferença significativa nas taxas de gravidez nos ciclos de embriões descongelados versus ciclos a fresco.

Investigadores examinaram uma população de 2.100 ciclos de embriões descongelados combinada com 2.100 ciclos de FIV a fresco baseado em um número de covariáveis, tais como, idade, diagnóstico, embriões transferidos e o uso do screening genético pré-implantacional.

Eric Widra, da Clínica Grove em Washington, disse que o seu centro recomenda a estratégia de congelar todos os embriões, particularmente para mulheres que têm aumento prematuro de progesterona antes da aspiração folicular, de acordo com vários estudos que mostram que esse aumento da progesterona estaria associado a taxas de gravidez menores após a transferência de embriões a fresco.

“A evidência desse estudo é intrigante, mas sem um estudo prospectivo randomizado não podemos concluir que essa seja uma estratégia efetiva para qualquer grupo de paciente”.

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