Resultados das técnicas de reprodução assistida em 2014 obtidos dos registros da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE).

By: | Tags: | Comentários: 0 | setembro 18th, 2018

Quais as tendências europeias no desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida e inseminação intrauterina em 2014 comparado aos anos anteriores?

O 18o relatório da ESHRE sobre reprodução assistida mostra uma expansão contínua nos números dos tratamentos na Europa e maior variabilidade nas modalidades de tratamentos resultando em uma crescente contribuição nas taxas de nascimentos na maioria dos países participantes.

Desde 1997, têm sido colhidos os dados gerados pelos registros nacionais sobre reprodução assistida, analisados pelo Consorcio Europeu de monitorização em fertilização in vitro e publicados em 17 trabalhos na Human Reproduction.

Coleta contínua de dados tanto pela EIM e ESHRE. Dados para os tratamentos realizados em 2014 entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro, em 39 países europeus, fornecidos pelos registros nacionais ou clínicas e profissionais voluntários.

Foram relatados dados de 39 países e 1.279 instituições que realizam reprodução assistida, um total de 776.556 ciclos de tratamentos, envolvendo 146.148 ciclos de FIV, 362.285 ciclos de ICSI, 192.027 de transferência de embriões descongelados (TED), 15.894 de teste genético pré-implantacional (PGT), 56.516 de oócitos doados (ED), 292 de maturação in vitro (IVM) e 3.404 congelamento de oócitos (FOR). Dados europeus sobre inseminação intrauterina usando sêmen do marido/parceiro (26 países) e sêmen doado (21 países) foram relatados de 1.364 instituições que realizaram este procedimento. Um total de 120.789 tratamentos de Inseminação com sêmen do marido/parceiro e 49.163 com sêmen de doador.

PRINCIPAIS RESULTADOS

Em 14 países (17 em 2013), onde todas as instituições contribuíram para os seus registros nacionais respectivos, um total de 291.235 ciclos de tratamentos foram realizados em uma população de aproximadamente 208 milhões de habitantes, correspondendo a 1925 ciclos por milhão de habitantes (variando de: 423 – 2978 por milhão de habitantes). Após o tratamento de fertilização in vitro as taxas de gravidez clínica por Aspiração e transferência foram marginalmente maiores em 2014 do que em 2013, de 29,9 e 35,8% versus 29,6 e 34,5%, respectivamente. Após tratamento com ICSI as taxas de gravidez por aspiração e transferência foram também maiores do que aqueles conseguidos em 2013 (28,4 e 35,0% versus 27,8 e 32,9%, respectivamente). Após transferência de embriões descongelados usando os embriões próprios a taxa de gravidez continua crescendo, de 27,0% em 2013 para 27,6% em 2014. Após oócitos doados uma tendência semelhante foi observada com as taxas de gravidez atingindo 50,3% por transferência a fresco (49,8% em 2013) e 48,7% para oócito descongelado (46,4% em 2013). As taxas de nascimentos após inseminação intrauterina permaneceu estável em 8,5% Após IIU com sêmen do marido/parceiro (8,6% em 2013) e em 11,6% após IIU com sêmen doado (11,1% em 2013). Em ciclos de FIV e ICSI juntos, 1, 2, 3 e ≥4 embriões foram transferidos em 34,9, 54,5, 9,9 e em 0,7% para todos os tratamentos, respectivamente (correspondendo a 31,4%, 56,3, 11,5% e 1% em 2013). Essa evolução na estratégia de transferência embrionária tanto em FIV quanto em ICSI resultou em taxa de nascimento para gravidez única, gêmeos e tripla foi de 82,5, 17,0 e 0,5%, respectivamente (comparado a 82,0, 17,5 e 0,5%, respectivamente, em 2013). As taxas de nascimentos nos tratamentos com transferência de embriões descongelados, em 2014 resultaram em gravidez dupla e tripla de 12,4 e 0,3%, respectivamente (versus 12,5 e 0,3% em 2013). A taxa de nascimento de gêmeos e trigêmeos após IIU foi 9,5 e 0,3%, respectivamente, após IIU com sêmen do marido/parceiro (in 2013: 9,5 e 0,6%) e 7,7 e 0,3% após IIU com sêmen doado (em 2013: 7,5 e 0,3%).

Ch De Geyter C Calhaz-Jorge M S Kupka C Wyns E Mocanu T Motrenko G Scaravelli J Smeenk S Vidakovic V Goossens

The European IVF-monitoring Consortium (EIM) for the European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE)

Human Reproduction, Volume 33, Issue 9, 1 September 2018, Pages 1586–1601, https://doi.org/10.1093/humrep/dey242

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