Crianças nascidas por fertilização in vitro podem ter maior risco para câncer
De acordo com amplo estudo populacional realizado na Suécia, as crianças concebidas através da fertilização in vitro, parecem ter um risco moderadamente elevado para cancer, apesar de o risco absoluto permanecer baixo.
Bengt Källén, MD, PhD, do Tornblad Institute da University of Lund, Suécia, observaram que das 26.692 crianças estudadas concebidas por fertilização in vitro entre 1982 e 2005, após ajuste pelo ano de nascimento, a chance estimada para o risco de câncer foi 1,42 (95% IC 1,09 para 1,87, P=0,01), se comparadas com crianças que não foram concebidas por fertilização in vitro (FIV).
Entre as crianças concebidas por FIV, tiveram 53 casos de câncer, excedendo os 38 casos esperados para população sueca. Entretanto, os autores não consideram que a FIV seja a responsável propriamente pelos casos. Os autores especulam que as razões para o risco aumentado poderiam ser uma alta taxa de nascimentos pré-termo e o sofrimento fetal neonatal entre as crianças, ou devido a características não identificadas entre as mulheres submetidas ao procedimento. Finalmente, os autores afirmam que o que deve ser destacado é que o risco de uma criança após a FIV desenvolver câncer infantil é baixa.
Dr. Gilberto da Costa Freitas
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