Associação entre abortamento de repetição e doença cardíaca

By: | Tags: | Comentários: 0 | maio 25th, 2018

De acordo com Elham Kharazmi, MD, PhD, do Centro Germânico de pesquisa em câncer em Heidelberg, Alemanha, e colegas. Mulheres com mais de três abortamentos espontâneos sustentam um risco para infarto do miocárdio de 5,06 vezes maior na vida após ajustes de outros fatores (95% IC 1,26 a 20,29). Assim, a ligação entre abortamento de repetição e doença cardiovascular pode estar baseada em fatores de risco comuns, talvez devido o papel da saúde cardiológica com a função da placenta.

Quando avaliamos uma mulher para risco cardiológico, seu risco não pode ser definido como para o homem. A história obstétrica, incluindo abortamento e natimorto, deve ser computada na análise do risco para determinar individualmente no cálculo do seu risco cardiológico. O estudo prospective foi desenhado levando em consideração a associação entre dieta, estilo de vida e doenças crônicas, além da história reprodutiva das mulheres.

A análise indicou que de 11.518 mulheres entre 35 e 66 anos que nunca engravidaram 25% tiveram pelo menos uma perda, 18% pelo menos um abortamento e 2% pelo menos um nascido morto. Durante o seguimento de 10,8 anos do estudo, 79 das mulheres que engravidaram tiveram um primeiro infarto do miocárdio. Após ajuste geral por idade o risco para infarto do miocárdio pareceu aumentar significantemente em 42%, com cada abortamento aumentando em 4,34 vezes mais risco, entre aquelas com dois ou mais abortamentos comparadas com aquelas que não abortaram (95% CI 1.85 to 10.18).

Os casos de óbito neonatal o risco foi 3,70 vezes maior para infarto, que parmaneceu alto mesmo após o ajuste baseado no fumo, índice de massa corpórea, atividade física, hipertensão, número de gravidezes e outros fatores (risco 3,43, 95% IC 1,53 – 7,72). Nenhum tipo específico de perda gravídica foi associado ao derrame, mas pesquisadores acham que estes resultados não são conclusivos, devido o grande intervalo de confiança.

Apesar da necessiade de mais pesquisas para determinar o que fundamenta a relação entre  abortamento e o risco para doença cardiovascular, os pesquisadores argumentam que é biológicamente razoável, citar evidências sugestivas para fatores teciduais, anticorpos antifosfolípedes, algumas infecções, disfunção endotelial e níveis elevados de homocisteína.

Os autores concluem que o abortamento de repetição pode ser um poderoso preditor de ataque cardíaco nas mulheres germânicas.

Dr. Gilberto da Costa Freitas (tradução livre – Medpage today)

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